Livro de Primeira aos Coríntios
Autor: Paulo, o apóstolo.
Marco Histórico:
A igreja de Corinto foi fundada por Paulo em sua segunda viagem missionária. Esta igreja havia sido contaminada com males que a rodeavam, pois Corinto era uma cidade licenciosa. Os gregos estavam orgulhosos de seus conhecimentos e de sua filosofia, mas ao mesmo tempo eram muito imorais. Eram especialmente amantes da oratória.
É aparente que Apolo, um judeu cristão eloquente que chegara a Corinto, havia ganhado a admiração dos cristãos gregos, At 18:24-28.
Este fato levou a fazer comparações entre Apolo, com sua eloqüência e persuasão, e outros líderes religiosos - especialmente com Paulo cuja aparência física parece não ter sido impressionante.
Este fato talvez tenha sido a causa das divisões na igreja ICo 1:11-13. O desejo de Paulo de purificar a igreja das facções espirituais e da imoralidade, foi a causa primordial da escritura da carta.
Parte 1
A carta pode ser dividida em 2 partes, esta é a primeira delas.
Tema principal: A purificação da igreja de falsos conceitos do ministério, de orgulho intelectual, de males sociais, e de outras irregularidades, caps. 1-11.
Cadeia chave: mostrar os falsos conceitos do ministério, 1:12-17; 3:4-7, 21-22; 4:6-7.
Sinopse:
- A saudação, 1:1-9.
- A necessidade de purificar a igreja das divisões parciais, do culto aos homens, e do gloriar-se na sabedoria mundana, 1:10-31.
- O ministério exemplar de Paulo. Este não tentava mostrar sabedoria mundana. Simplesmente declarava a sabedoria de Deus numa mensagem revelada pelo Espírito Santo, 2:1-16.
- A disputa sobre líderes é uma característica de imaturidade e carnalidade, 3:1-8.
- O verdadeiro ponto de vista do ministério. Os ministros devem ser vistos:
- Como despenseiros da verdade, 3:1-2.
- Como jardineiros, 3:6-8.
- Como colaboradores de Deus, 3;9.
- Como edificadores do caráter, 3:10.
- Como servos confiáveis, 4:1-2.
- Como sofredores por causa do nome de Cristo, 4:9-13.
- Como exemplos, 4:16-17.
- Como administradores de disciplina, 4:18-21.
- O dever de purificar a igreja:
- Da imoralidade, 5:1-13.
- De disputas, 6:1-8.
- Os crentes, como membros do corpo de Cristo e templos do Espírito Santo, devem purificar-se de toda sensualidade, 6:9-20.
- A santificação do matrimônio e de todas as relações sexuais, e as supremas aspirações da vida espiritual, 7:1-40.
- Os ideais cristãos exigem o sacrifício de certos direitos e privilégios para o bem do ignorante e do fraco. Por exemplo, comer carne que tenha sido oferecida a ídolos. 8: 1-13.
- O exemplo de Paulo, ao renunciar a certos direitos e liberdades a fim de ganhar as pessoas para Cristo, 9:1-27.
- O exemplo de infidelidade de Israel é uma advertência para a igreja, 10:1-15.
- A comunhão nos elementos da Ceia do Senhor requer separação de associações mundanas, 10:16-21.
- A influência cristã deve ser cautelosa quanto a comidas e bebidas, 10:23-33.
- Os costumes sociais devem ser observados quanto às vestes, 11:1-16.
- A purificação da igreja quanto a desordens acerca da Ceia do Senhor e a observância devida, 11:17-34.
Parte 2
Instrução doutrinária e conselhos.
- Acerca da diversidade dos dons espirituais, 12:1-31.
- A preeminência do amor, 13:1-13.
- A preeminência da profecia sobre o dom de línguas e a importância da devida ordem nas reuniões públicas, 14:1-40.
- A doutrina da ressurreição, 15:1-58.
- Instruções finais e saudações, 16:1-24.