Finanças - Introdução

Sem dúvida nenhuma, o dinheiro é uma das principais armas de Satanás, para derrotar o crente e tirar o seu sossego, a sua paz. E, infelizmente, nós vemos muitos (e até lideres) que têm suas vidas desorganizadas no aspecto financeiro. Será que isto está dentro da vontade de Deus, para suas vidas? É claro que não!

A Bíblia mantém princípios bem definidos, acerca das finanças. Se forem observados, o sucesso (ser bem sucedido do ponto de vista de Deus) será certo; se não forem, as dificuldades certamente virão.

Deus confia a cada um de nós certos recursos e capacidades, e espera que sejamos bons mordomos daquilo que possuímos. (1 Co.4:2: “O que se requer dos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel”). Muitos crentes, vivendo desorganizadamente no aspecto financeiro muitas vezes endividados, não apenas impedem a si mesmos de servirem a Deus, mas também vivem afligidos; sentem a aflição de ver as contas amontoando no final do mês, sabendo que não têm o dinheiro para salda-las imediatamente. Deus sabia que sofreríamos este tipo de pressão e não queria ver-nos envolvidos nisso. Por isso, Sua Palavra diz: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma” (Rm. 13:8). E fez apenas uma exceção: nossa dívida de amor. Esta é a única dívida que precisamos estar constantemente pagando e nunca terminaremos de pagar.

Muitos desperdiçam seu dinheiro por falta de critérios no manejamento. O desleixo no emprego do dinheiro pode ser pela desatenção para com o dinheiro em si, e pela negligência em relação àquilo que possuímos.

Muitas pessoas são desleixadas com seu dinheiro. Não prestam atenção à maneira como gastam. Sua reclamação típica é a seguinte: “Não sei onde foi parar o meu dinheiro este mês!”- Temos que nos lembrar de um adágio que diz: “Quem quiser administrar seus bens corretamente, não pode se perguntar aonde foi parar o dinheiro; ele é que tem que dizer para onde o dinheiro deve ir”.

Depois que uma pessoa levou alguns anos para chegar a um ponto de confusão financeira, tem que esperar e talvez dar a Deus algum tempo para operar em sua vida e livrá-la dessa confusão.

A forma como isso se processa é a seguinte: (1 Tm 6:10 e Cl.1:24-29)

  1. Nós começamos por reconhecer que cometemos erros;
  2. Modificamos nossas atitudes e ações. Aos poucos, Deus nos irá tirando do caos, da confusão, da desorganização em que nos achamos, à medida que aplicamos à nossa vida os princípios que aprendemos.
  3. Por fim, teremos libertação completa e precisaremos mente-la.

Geralmente temos que aprender tais lições uma a uma, e, em muitos casos, temos que aprende-las mais de uma vez, até que possamos realmente firmar-nos, e observa-las. (Mt.4:8-9).

A Bíblia contém todos os ensinamentos de que precisamos, a fim de manejarmos bem nossas finanças. (Gn.41:33-41; Tg.1:5-6; 2 Cr.1:7-13).

Vejamos alguns princípios:

A - A Parte de Deus:

“Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque é Ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê” (Dt.8:18).

  • Dt. 8:1-20 - Deus humilhou, provou, deu fome e disciplinou.
  • Pv. 8:20-21 - Deus dá os bens e os tesouros.
  • Pv. 10:22 - A benção do Senhor enriquece e não traz desgosto.
  • Fp. 4:19 - Deus, em Jesus Cristo, supre nossas necessidades.

B - O Propósito de Deus em Finanças:

  1. Providenciar as necessidades básicas. Deus assume a responsabilidade de providenciar as necessidades básicas daqueles que o amam e O buscam.
    • Mt. 6:31-34 - Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus.
    • 1 Tm. 6:8 - Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.
  2. Confirmar o poder dele através de necessidades especiais em resposta de oração.
    • Ml.3:7-10; Nm. 18:24; Ne. 10:37 - Dízimo.
    • 2 Cr. 16:9 - Deus é forte para com os dele.
    • Hb. 11:6 - Deus é galardoador dos que O buscam.
  3. Unir os crentes. As necessidades de um crente e a generosidade de outro trabalham para unir os irmãos.
    • At. 2:44-47 - Tinham tudo em comum.
    • At. 4: 32-37 - Não haviam necessitados.
    • 2 Co. 8:14-15 - Igualdade (na falta ou na abundância).
  4. Confirmar a direção de Deus para nós.
    • Fp. 4:19 - Deus, em Jesus Cristo supre nossas necessidades.
    • Rm. 14:23 - Não se deve haver dúvidas, o que vem de dúvidas é pecado.
    • Cl. 3:15 - A paz de Cristo deve dirigir as nossas ações.

C - Obstáculos aos Alvos de Deus:

Escravidão Financeira (Lc. 18:18-30)

  1. Dívidas - Pv. 22:7 - O que toma emprestado é servo do que empresta.
  2. Pressão de contas a pagar - Mt. 6:24-30 - ansiedade pelo amanhã.
  3. Construir a vida sobre o dinheiro - 1 Tm. 6:9 - Os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada...
  4. Amarrado com laços de ouro - 2 Tm. 2:4 - Não se envolver em negócios desta vida.
  5. Preocupação quanto aos investimentos - Mt. 13:22 - A fascinação das riquezas sufocam a palavra.
  6. Maquinando para ser rico rapidamente - Pv. 28:20-22 - O que se apressa a enriquecer não passará sem castigo; o que corre atrás das riquezas há de vir sobre ele a penúria.
  7. Culpa em ter sido injusto no passado - Tg. 5:1-5 - Salário dos trabalhadores retidos com fraudes.

D - Objetivos Pessoais Imediatos:

Liberdade Financeira.

  1. Sem contas vencidas - Rm. 13:8 - Não dever coisa alguma, exceto o amor.
  2. Sem as pressões de contas a pagar - 1 Pe. 5:8
  3. Relatar nossos gastos à obra e reputação de Deus - 1 Co. 10:31 - Fazei tudo para a glória de Deus.
  4. Fazer Investimentos eternos.
    • Mt. 6:19-20 - Ajuntai tesouros no céu.
    • Gl. 6:10 - Ajudar aos da fé.
    • Hb. 6:10 - Servir aos santos.
    • 2 Co. 4:18 - Atenção às coisas eternas.
  5. Negócios em perspectiva certa - Mt. 6:33 - Buscar primeiro o Reino de Deus.
  6. Evitar idéias de ser rico rapidamente - Pv. 2:11; 28:27; 1 Tm.6:9.
  7. Consciência limpa quanto aos negócios do passado - At. 24:16; Tg. 5:1-5.

E - Fatores Básicos da Liberdade Financeira:

1 - Recebendo:

  • Através do Trabalho - Gn. 2:15 - Cultivar e Guardar (Éden). Gn. 3:17-19.
  • Pv. 10:4-5 - A mão dos diligentes vem a enriquecer.
  • Ef. 4:28 - Trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom. (1 Ts. 4:11-12).
  • Rm. 12:11 - Ser zeloso. (2 Co. 8:22-24).
  • Criatividade - Pv. 31:13,24.
  • Oração - Fp. 4:6-19.
  • Fé - Hb. 11:6

2 - Dando: Dízimos, Primícias, ofertas(que resultam em receber)

  • Ml. 3:10 - Dízimos.
  • Pv. 3:9-10, 19:17 - Honrar a Deus com os bens.
  • Lc. 6:38 - Dar com generosidade.
  • Rm 12:13 - Usar nossos bens à prática do bem.

Dar + Dar = Receber

3 - Gastando:

  • Pv.31:16 - Procurando a melhor compra.
  • Pv. 3:28 - Pagando as contas dentro do prazo.
  • Pv. 20:14 - Desenvolvendo uma resistência às ofertas e vendas.

F - Passos Básicos Para a Liberdade Financeira

Se eu idealizar para a minha vida um método ou um sistema de valores, isso, indubitavelmente mudará muitas de minhas ações e atitudes, pois fará com que eu venha a fazer estas coisas:

  1. Reconhecer que tudo que eu tenho realmente pertence a Deus (bens, propriedades, dinheiro, etc.). Por isso, eu não devo nunca ter a última palavra; é Deus que orienta. Isto faz com que o próprio Deus se responsabilize por “sua propriedade”. Pelo fato de pertencermos a Deus, deve haver uma confiança real que Ele suprirá toda e qualquer necessidade. Assim, que Ele reduza ou aumente minha renda e bens materiais, posso ser-Lhe grato e ainda mais utilizado por Ele. Foi esta a reação de Jô, quando Deus tomou-lhe os bens (Jô 1:21). Quando estamos endividados, a obra e a reputação de Deus são afetadas.
  2. Lembrando-me então de que Deus é o dono de tudo, isto me livra de certas responsabilidades. Continuo tendo o dever de ser um bom mordomo (1 Co. 4:2) das coisas e recursos que Ele me confiou, mas no que passar disso, sou livre. Por isso, Deus é quem é o “Seguro” da minha casa, do meu carro, do meu futuro, etc... Sl. 24:1 - Ag. 2:8 e Sl. 50:10-11 Ter a sabedoria como alvo em minha vida (P. 4:7 e 17:24). Ver a vida (inclusive a financeira) do ponto de vista de Deus, mudará meus conceitos do que realmente é importante. Quando alguém já tem ou está adquirindo bens, deve entender, que eles são apenas um meio de cumprir o propósito de Deus em sua vida, ao mesmo tempo em que deve procurar descobrir o propósito divino no aumento de sua renda. Se o meu objetivo principal é ganhar dinheiro ou adquirir coisas com esse dinheiro, então meu sistema de valores está errado. Muitos chegam a sacrificar coisas importantes do que o dinheiro, por causa do dinheiro, tais como um bom nome (além de filho de Deus), caráter, honestidade, etc. E há também, os que se esquecem de Deus e negligenciam a responsabilidade para com Ele (Mt. 6:33).
  3. Dar a Deus o dízimo e as primícias como reconhecimento de que tudo pertence a Ele. Ml 3:10 - Pv. 3:9 - Mt. 23:23 - Gn. 14:20. Se não dermos o nosso dízimo a Deus, Ele dá o direito a Satanás de cobra-lo através de doenças, acidentes, falências, ou outras circunstâncias além de nosso controle. O dízimo foi estabelecido antes da lei (Gn. 14:20) e reafirmado por Jesus Cristo no Novo Testamento. (Mt. 23:23). Muitos crentes pensam que dar o dízimo é um complexo legalista. “É coisa da lei, e Cristo nos livrou da lei; portanto não precisamos dar o dízimo”. Outros se orientam pelo versículo de 1 Co. 16:2, para dar “conforme a prosperidade”. E como pensam que Deus não os fez prosperar muito, estão dando nas mesmas proporções, isto é, muito pouco. Deus considera o dízimo uma questão tão importante que o estabeleceu antes mesmo da lei ter sido dada (Gn 14.20). Isso aconteceu 400 anos antes da lei ter sido dada ao povo por intermédio de Moisés, e é interessante notar que o conceito de dízimo foi ensinado a Abraão, um homem de fé, antes que a Moisés, o homem da lei. Leia outra vez Ml. 3:10; Pv. 3:9; Hb. 11:6 Quando Deus está dirigindo nossas finanças, os princípios das ciências econômicas nem sempre se aplicam. Há dois princípios bíblicos que são correlatos: dar e receber. Quem dá recebe. Lc. 6:38. Então é possível uma pessoa dar de seus bens, e ficar mais rica, como também é possível apegar-se às coisas e acabar perdendo, como conseqüência disso. Pv. 11:24-25 - 2 Co. 9:6
  4. Compreender que alimentos e roupas são as necessidades básicas que Deus prometeu suprir. 1 Tm. 6:8 - Ef. 3:20-21 - Mt. 6:31-32. Tudo que recebemos além disso indica apenas a abundância das bênçãos de Deus. Se nossos filhos acham (ou quem sabe nós mesmos?!) que merecem mais do que alimento e roupa, estão com um sistema inadequado de valores (Fp. 4:19). Análise o conselho de Lc. 12:15 e contraste com 1 Tm. 6:6-10. Pv. 13:11 - Salmo 128.
  5. Ser flexível em ajustar-se a um ganho ou perda inesperada. “Aprendi a ficar contente, sejam quais forem as circunstâncias! Agora sei como viver nas horas de dificuldades e não ignoro como viver nas de franca prosperidade. E assim aprendi a enfrentar tanto a pobreza como a abundância, em geral e especificamente”. Fp. 4:12 (Cartas às Igrejas Novas). O segredo da tranqüilidade financeira é nos ajustarmos ao nível mais baixo de nossa renda, para que, em tempos de abundância, possamos dar e investir com sabedoria, em vez de pagar dívidas antigas e prestações.
  6. Aprender a investir sabiamente. Para isso é necessário ter um espírito correto e dependência total de Deus, para que o investimento seja com o propósito certo. Muitos crentes acham errado investir dinheiro. Há razão para isso, se simplesmente o investimento for para maiores comodidades, benefícios próprios, etc., sem a orientação e dependência de Deus. Esta atitude foi condenada por Jesus Cristo, quando chamou o homem que escondera o seu talento (ouro) de “mau e negligente servo”, acrescentando “devias ter colocado o meu dinheiro no banco e quando eu viesse, eu o receberia o meu dinheiro com juros”. Mt. 25:26-27. Já vimos que Deus confia a cada um de nós certos recursos e capacidades, e espera que sejamos bons mordomos daquilo que possuímos. Este princípio é destacado nas Escrituras, e afirma que se formos sábios no uso dos limitados recursos de que dispomos, receberemos mais; mas, se malbaratarmos o pouco que temos, até aquilo nos será tomado. Este princípio é tão importante que Jesus dedicou a ele duas parábolas: a das minas (Lc. 19:11-26) e a dos talentos (Mt. 25:14-30).
  7. Desenvolver um senso de percepção (sensibilidade) das necessidades dos outros. Rm. 12:13 - At. 2:44. O Crente deve se tornar sensível às necessidades das pessoas. Necessidades espirituais, psicológicas e físicas. É essencial, também, determinar quais dessas necessidades devem ser atendidas primeiro, e também quais são as que Deus lhe está pedindo para prover.
  8. Como saber para quem dar. Estes pontos seguintes foram apresentados por um líder crente que viu Deus abençoa-lo e faze-lo prosperar, na medida em que era um mordomo fiel do dinheiro de Deus.
    1. A mensagem é fiel à Bíblia ? (1 Ts. 1:6,8).
    2. As Pessoas têm reagido favoravelmente à mensagem? (1 Ts. 2:13-14).
    3. A vida do líder do grupo é um exemplo de sua própria mensagem? (1 Ts.2:10-12).
    4. Há um padrão estabelecido? Está isento de desperdício? (1 Ts. 3:10-13; 4:11-12; 5:22).
    5. Eles vivem a pedir dinheiro? Há uma diferença entre pessoas ou organizações que partilham várias necessidades e aquelas cuja motivação é levantar dinheiro e estão sempre endividados. É igualmente importante descobrir o que Deus quer ensinar quando não provê as suas necessidades (1 Ts. 2:9; 2 Ts. 3:10-13).
    6. Há alguma segurança de continuidade ou desdobramento dentro da organização? (2 Tm. 2:2).
  9. Manter as finanças na perspectiva certa, correta. Mt. 6:20-21; Lc. 6:38; 2 Co.9:6,7,8,11; 2 Co. 8:12; 2 Tm. 6:18-19.

G - Como Ficar Livres de Dívidas

Já vimos que o endividamento não apenas impede as pessoas de servirem a Deus, mas também as aflige. A dívida também é um fator de desânimo e divide a família (o casal). O marido, por exemplo, chega do trabalho e a esposa não fez o jantar. Ela quer jantar fora. Mas ele retruca: “Não podemos fazer despesas”. Será que você não compreende isso ? - E ela responde: “Não ! A gente nunca pode jantar fora, mas você bem que pode ir aos estádios assistir jogos, não é mesmo ?” E começa a chorar. Saiba que nós podemos nos poupar das aflições, desânimos, divisão e impedimos que as dívidas acarretam. Quando contraímos dívidas, uma grande parte do dinheiro que ganhamos é gasto em juros e outras despesas. Acabamos pagando mais e recebendo menos.

Vejamos alguns pontos:

  1. Liberdade Financeira:
    • Ausência de dívidas,
    • De transações financeiras desonestas,
    • Da preocupação por falta de dinheiro necessário,
    • E a possibilidade de dar, segundo a orientação de Deus.
  2. Benefícios da liberdade financeira:
    • Ser capaz de prover as necessidades dos outros, de acordo com a direção do Espírito Santo.
    • Experimentar a provisão sobrenatural de Deus. Sobrenatural, no sentido de que Deus provê exatamente a quantia necessária, na hora certa, o que resulta em glória para Ele.
    • Ter sabedoria e inteligência para satisfazer os compromissos financeiros. Isto precisa estar baseado na satisfação de possuir apenas o que é essencial, ou aquilo que Deus quer que você tenha.
    • Deus não desperdiça nada. Não constrói nada na vida de alguém sem ter um proposto certo.
    • Deus deseja fazer o máximo com aquilo que nos deu. (Parábola dos Talentos).
  3. Saiba distinguir entre gastos com itens que perdem o valor e investimentos do valor crescente. Infelizmente, muitos crentes vivem pedindo dinheiro emprestado para coisas que se desvalorizam, tais como aparelhos, móveis, carros, etc.

Não compre a crédito porque:

  1. É uma violação às Escrituras - Rm 13:8
  2. Escraviza a pessoa - Pv 22:7; I Co 7:21,23
  3. Produz pressão e insegurança - I Tm 5:8
  4. Impede a Deus de prover por meio de fonte inesperada. II Co 9:10-11; Ef 3:20
  5. Nega a Deus a oportunidade de reter itens prejudiciais, de guardar você daquilo que não precisa - Is 55:8-9
  6. E presumir o futuro - Tg 4:13-17

Pela desvalorização, podemos presumir que a pessoa que paga à vista pelo que comprou pode, depois, economizar uma quantia equivalente à taxa de depreciação daquilo que foi comprado. Como também podemos perceber, a valorização, depois de alguns meses, daquilo que foi comprado à vista, e o quanto já lucramos. Lembre-se que o Senhor prometeu suprir as necessidades do justo, não o seu luxo - Mt 6:33; Fp 4:19, e que o Senhor tem caminhos que não precisam ser os mesmos impostos pela sociedade de consumo (Is 55:8-9). Em Ec 3:1 vemos que há tempo para todo propósito debaixo do céu, inclusive a hora certa para comprar o que é certo, e de maneira certa.

4. Procure compreender que o nome e o trabalho de Deus são afetados quando você tem dívidas, sejam quais forem os sacrifícios necessários.

É preciso ter domínio próprio (fruto do Espírito) também quanto às compras, isso porque muitas vezes elas são feitas sob o impacto do momento da propaganda, sem o devido domínio próprio, sem a avaliação da real necessidade, sem a genuína convicção da autorização divina, e muitas vezes, fora da hora certa. As prestações e dívidas não deixam o nosso orçamento livre para contribuirmos segundo a orientação de Deus, e nos roubam o senhorio sobre nosso próprio dinheiro, além de que não nos deixa livres para obedecermos a um chamado missionário a qualquer momento, se for da vontade de Deus.

5. Comece a comprar somente à vista. A previsão financeira de Deus indicará a importância e o tempo de cada aquisição.

Lembre-se de que Deus pode prover, diminuindo as contas ou aumentando a renda. Tenha paciência e saiba esperar (Ec 3:1). Quanto às compras, peça a Deus que use esse método (comprar somente à vista) para que você possa ou não saber a vontade dele. Dívidas e compras a crédito são compromissos que não posso garantir que pagarei totalmente (Tg 4:13-14), além do que se tornam uns vícios econômicos, e impedem a Deus de prover pelos Seus caminhos - fonte inspirada e sobrenatural. Tome cuidado também para que os cheques especiais e cartões de créditos não venham vicia-lo a independer de Deus, para pequenas coisas.

6. Compreenda que Deus é capaz de prover o “dinheiro, quando a conta precisa ser paga.

Veja o que disse Hudson Taylor: “O trabalho de Deus, feito a maneira de Deus, não terá falta de sustento financeiro. Deus é tão capaz de providenciar os meios antes como depois, e Ele prefere fazê-lo assim. Ele é Deus suficientemente sábio para não frustar Seus propósitos por falta de recursos.” (Jô 42:2).

Assim sendo, se a conta venceu e a pessoa tem dinheiro, então Deus não está provando sua fé. Há um outro objetivo que Ele deseja realizar, ensinar ou mostrar.

Cuidado com o ser FIADOR:

Pv. 6:1-5; Pv. 11:15; Pv 17:18; Pv.20:16; Pv. 22:26-27 e Pv. 27:13.

I - Comparações - Como é o fiador?

  1. Como a gazela na mão do caçador - Pv. 6:5.
  2. Como a ave na mão do passarinheiro - Pv. 6:5
  3. Como quem não tem juízo - Pv. 17:18

II - Conseqüências:

  1. Para quem é fiador:
    • Está numa rede, e preso - Pv. 6:2.
    • Sofrerá males - Pv. 11:15.
    • Poderá perder a sua cama - Pv. 22:26-27.
    • Poderá perder até a roupa - Pv. 20:16; 27:13.
  2. Para quem não é fiador:
    • Estará seguro - Pv. 11:15

III - Conselhos:

  1. “Não estejas entre os que se comprometem e ficam por fiadores de dívidas” - Pv. 22:26.
  2. “Se és fiador, vai e importuna o amigo ou estranho, não deixes dormir, até que te livres.” - Pv.6:3-4
  3. “Tenha juízo, não seja fiador”. Pv. 17:18
  4. “Na tua fuga de o ser, há segurança”. Pv. 11:15

Obs.: Tudo o que se diz sobre um fiador, pode ser dito também com relação a um devedor, pois “fiador” é quem assume dívida de outrem.

8 - Procure descobrir a razão porque Deus permite que os meios sejam insuficientes (Faltas de fundos).

  1. Ele está testando a minha fé. Se, entretanto a conta chegou e o dinheiro não foi conseguido, Deus não está testando a fé da pessoa.
  2. O dinheiro foi providenciado, mas foi mal gasto.
  3. Há pecado.
  4. Desorganização com o dinheiro que é de Deus.

9 - Juros:

  • Trabalhar com as próprias mãos - 1 Ts. 4:10b. 11-12.
  • Que não empresta com usura. Sl. 15:5.
  • O que aumenta os seus bens com juros e ganância, ajunta-os para o que se compadece do pobre. Pv. 28:8.
  • A nação abençoada (Israel) emprestaria e amaldiçoada tomaria emprestado. Dt. 28:12 - (Cabeça).
  • Dt. 28:44 - (cauda).
  • A teu irmão não emprestarás com juros - Dt. 23:19-20.
  • Não tirar penhor. Dt. 24:10-11.
  • Quem ama o dinheiro jamais dele se farta - Ec. 5:10.

Conclusão:

Nós precisamos compreender, que nosso compromisso com Deus não afeta apenas nossa vida espiritual, mas, também, todos os aspectos de nossa existência. Em outras palavras, quando dedicamos nossa vida a Cristo, tudo que temos é dele.

Paulo, em Rm. 12:1 diz: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. Apresentar nosso corpo em sacrifício vivo certamente implica em dedicar a Deus tudo que temos e somos. Nosso corpo inclui todos os membros; quer trabalhemos com as mãos, com nossa boca, com os pés, com os olhos, com qualquer membro ou membros, estamos utilizando um corpo que pertence a Deus. E Paulo diz que essa dedicação total é o nosso “culto racional”, porque pertencemos a Deus, em virtude de haver Ele nos criado (Sl.100:3) e nos comprado com o precioso sangue de Cristo (1Co. 6:19-20).

Em vista desse duplo direito de propriedade de Deus sobre nós, a única coisa sensata que podemos fazer é apresentarmos as nossas vidas a Ele (2Co. 5:15). E quando o fazemos, Ele possui tudo que temos e somos.

Nós possuímos coisas, mas Deus é dono delas.

Nós ganhamos dinheiro, mas é Deus quem nos capacita.

Nós somos de Deus, portanto, tudo que temos é dele.

Reconhecemos, portanto, que Deus é realmente o proprietário de todas as coisas das nossas vidas.

Graças a Deus, por todos estes princípios que foram vistos, estarem à nossa disposição na Sua Palavra! E que Deus trabalhe em seu coração, de tal maneira que sejam todos aplicados em sua vida.

Para os bons mordomos de Deus: “Quem quiser administrar seus bens corretamente, não pode perguntar aonde foi parar o dinheiro; ele é quem tem de dizer para onde o dinheiro deve ir”.

“E que a paz de Cristo realmente seja o árbitro em vossos corações” em todas as decisões a serem tomadas. Salmo 62:10b - 12 ( “Se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração”)

Bibliografia:

  • Bíblia Sagrada.
  • Criando um Sistema Adequado de Valores - L.Coy.
  • O Cristão e suas Finanças - M.MacGregor.
  • Anotações e Estudos Pessoais.